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sábado, 21 de maio de 2011

O enigma de Natascha Kampusch


Natascha Kampusch: 'Infelizmente, perdi a oportunidade de adquirir uma competência social'
Ela vive com as marcas de um sequestro que roubou sua adolescência. Sua história ainda divide a Áustria.
 Natascha Kampusch (Viena, 17 de fevereiro de 1988) é uma garota austríaca que foi sequestrada quando tinha dez anos de idade em 1998, permanecendo sob custódia de seu sequestrador por mais de oito anos, até sua fuga em 23 de agosto de 2006. O caso foi descrito como um dos mais dramáticos da história criminal da Áustria.
Natascha deixou sua residência no distrito vienense no dia 2 de março de 1998 para ir à escola, mas não voltou para casa. Inicialmente foi levantada a hipótese que o desaparecimento fosse fruto de discussões da criança com sua mãe, Brigitte Sirny. Todavia, testemunhas declararam ter visto Natascha subir num microônibus de cor branca. Intensas buscas foram levadas a cabo em seguida, não obtendo êxito.
A austríaca Natascha Kampusch, diz que apanhava de seu captor até 200 vezes por semana, era algemada a ele ao dividirem uma cama e era obrigada a trabalhar seminua como uma escrava doméstica. As revelações, feitas mais de quatro anos após ela ter escapado do cativeiro, em agosto de 2006, fazem parte de um livro de memórias de Kampusch,(3.096 dias) hoje com 22 anos.

Em agosto de 2006, Natascha aproveitou-se de um momento de distração de seu seqüestrador para escapar; na fuga, pediu ajuda a uma mulher, que avisou as autoridades. A garota foi identificada por uma cicatriz no corpo, e por seu passaporte, deixado no porão do cativeiro, onde ficou, durante todos os anos, em poder do criminoso.
Assim que o raptor, de 44 anos de idade, Wolfgang Priklopil, soube que a polícia o estava buscando, matou-se, saltando na linha de um trem no subúrbio em Viena.
Após a fuga, Natascha recebeu acompanhamento psicológico, demonstrando fortes sinais de simpatia e afeto por seu sequestrador, o que foi diagnosticado como síndrome de Estocolmo.

Natascha tornou-se um rosto conhecido na Áustria, a ponto de ser reconhecida nas ruas. Sua história não desperta apenas simpatia. Por ter se mostrado forte durante sua recuperação e guardado as lágrimas para si, ela não se enquadrou no estereótipo da vítima. Isso levantou desconfiança e acarretou repetidas investigações, inclusive sobre uma possível cumplicidade de Natascha durante o sequestro. A jovem ainda é questionada por outras decisões, como a de ficar com a casa que já foi seu cativeiro, além de visitá-la de tempos em tempos para participar pessoalmente de sua manutenção. “Não quero que caia nas mãos erradas e vire uma atração turística”, justifica.
Por todas as críticas, ela se sente incompreendida. Não gosta das manchetes que leu nos jornais sobre o seu caso, que apontam o sequestrador como um monstro completo. “Ninguém é totalmente bom ou mau”, diz ela. Desde que escapou, Natascha sente certa compaixão por esse homem perturbado que a maltratou por tanto tempo. Se alguns especialistas insistem em classificar essa relação bizarra como “síndrome de Estocolmo” – termo usado para descrever um fenômeno psicológico em que as vítimas simpatizam ou mesmo colaboram com os criminosos –, ela rejeita enfaticamente o rótulo. “Aproximar-se do sequestrador não é uma doença. Criar um casulo de normalidade no âmbito de um crime não é uma síndrome. É justamente o oposto. É uma estratégia de sobrevivência em uma situação sem saída”, diz. As marcas deixadas pelo sequestro muitas vezes lhe parecem impossíveis de apagar. Mas Natascha segue acreditando que no futuro algo de espetacular vai acontecer e tornar esse passado irrelevante.
Familía:
Durante o tempo em que Natascha esteve desaparecida, seus pais nunca deixaram de procurá-la. O impacto do sequestro sobre eles também foi profundo. A mãe foi acusada de envolvimento no crime e até de haver assassinado a filha. O pai, que já tinha problemas com álcool, perdeu de vez o controle de sua vida.

A história de Natascha Kampusch ganhou grande repercussão em todo o mundo quando ela conseguiu escapar do cativeiro no dia 23 de agosto de 2006, quando tinha 18 anos.





Durante a entrevista a revista: Veja, Natascha mantinha um sorriso irônico, um sorriso escondido no canto da boca.. Mas ela não sorria naturalmente.

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